8 de fev. de 2012

Hiranyagarbha, o ventre dourado

Om é a expressão total de toda criação como só uma unidade, como uma exalação de Deus. É o primeiro estímulo, o primeiro objetivo aparente da eterna subjetividade, infinita não-manifestação do divino. Essa sílaba é chamada de Palavra em todas as escrituras. Também na Bíblia é dito: “No começo foi a Palavra e a Palavra era Deus”. Esse primeiro estímulo se expande em uma completa e plena criação. Toda essa criação, assim como cada parte dela, consiste em três níveis, em três mundos. Om, bhur bhuvas suvah. Esse é um bom mantra para se
meditar ao nascer do sol, o símbolo visível diário do momento da criação. Bhuh loka é a realidade tangível da esfera terrestre que existe no espaço e tempo. Bhuvah loka é o mundo intermediário da força e mente, pensamento e sentimento. Suvah loka é o mundo celestial da consciência pura, o plano causal. O ser humano é feito do corpo, da mente e da alma. De modo geral é a força que direciona a consciência e a força inspiradora.

Uma cápsula dos três combinados é chamada Hiranyagarbha, que é uma unidade da criação. Todo universo, planeta, todo ser vivo e as células desses seres, são como uma unidade, um Hiranyagarbha. Todo Hiranyagarbha contem a totalidade, o divino em uma manifestação específica. Também é chamado de ovo dourado porque o contém e é vivo. O pintinho dentro do ovo é a consciência de que “Eu sou”. E o ovo é dourado porque é uma manifestação da luz, ele é a fortuna e abundância. Um Hiranyagarbha denota uma completa, até agora uma criação não contaminada, há pouco saída do absoluto. Todos se encaixam uns nos outros e todos têm sua incumbência específica e lugar. Como um Hiranyagarbha toda unidade ainda está ciente disso. Através da meditação Hiranyagarbha, a pessoa fica consciente novamente desse belo mecanismo. Lentamente cada uma de suas células redescobre sua vibração original e mais uma vez se torna ciente do plano divino.